quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Uma grande pedagoga entre nós...

A querida Patrícia Ludwig, 1ª Prenda do Rio Grande do Sul 97/98, concedeu-nos uma entrevista por email que vai transcrita a seguir para matar um pouco a saudade...

Blog: Disseste que a tua vida mudou muito desde o tempo em que foste prenda estadual. Fala um pouco mais sobre isso, as pessoas que te conheceram sentem muitas saudades de ti... Aonde resides? O teu afastamento do Movimento se deve pela distância física? O que fazes hoje profissionalmente?

Patrícia: Hoje tenho 33 anos e uma linda família com uma filha que eu amo demais. Trabalho muito, muito mesmo! Sou coordenadora pedagógica de uma escola particular em Porto Alegre (onde resido atualmente). Meu trabalho me exige bastante, pois tenho uma grande responsabilidade no cargo em que eu ocupo nesta escola.

Blog: Sentes falta da participação no Movimento? Do que em especial?

Patrícia: Claro que sinto falta da participação efetiva e presencial no movimento! Mas esta foi uma escolha difícil pra mim, umas das mais difíceis da minha vida. Durante muitos anos me dediquei totalmente à causa tradicionalista e me tornar primeira prenda do Estado foi para mim uma consequência disto: de muita dedicação, de muita abdicação e de muita crença na causa em que me propus a defender. Nestes quase 18 anos de atividade presencial e efetiva, deixei todos os meus projetos pessoais de lado. Por dois anos tranquei a faculdade, parei de trabalhar para poder viajar e participar de todas as atividades com vigor e total dedicação. Não havia então nem mesmo tempo para atividades familiares.

Blog: Tu te sentiste incentivada a continuar no Movimento como uma liderança? Tu achas que o MTG incentiva os jovens suficientemente ou faltam oportunidades concretas para tanto?

Patrícia: Me afastar do movimento foi uma opção. Chegou um momento em minha vida que eu precisava utilizar o meu espírito de liderança para outros projetos, pessoais e profissionais. Me formei, fiz pós-graduação em Psicopedagogia, fiz muitos cursos...e para tudo isto eu precisava de tempo. Canalizei então minha energia para minha pessoa e deixei o movimento, já que outras lideranças dariam muito bem conta de cultivar o movimento tradicionalista e temos mesmo que renovar as lideranças e dar espaços aos novos jovens que desejam contribuir com os projetos do tradicionalismo.

Blog: Que experiências tiraste do prendado para a tua vida?

Patrícia: As vezes sinto falta e a tristeza me toma conta...choro, vejo fotos, vídeos, lembro dos amigos. Penso em voltar pois gostaria de criar minha filha no mesmo ambiente sadio e imbuído de bons valores e costumes de que fui criada. Cresci dentro de um CTG, passei minha adolescência participando de projetos culturais e sociais e por isso sou hoje quem sou. Minha formação de caráter é diferenciada pois com o tradicionalismo aprendi a ser ética, a ter respeito ao próximo, respeito as palavras.

Blog: Tens algum fato pitoresco sobre o concurso em que te sagraste prenda do Estado ou da tua entrega de faixa?

Patrícia: Relatar algum fato é impossível, pois foram anos de momentos inesquecíveis... Conversas intermináveis com nosso saudoso Alaor Penela Martins (fundador do meu CTG Maragatos) ao redor do fogo de chão, viagens na companhia do tio Cyro Dutra (quantas manhãs frias eu passava na sua casa para pegá-lo... meu companheiro de viagem querido); conselhos da amiga Verinha Mena Barreto e da Marília Coelho, que, com suas experiências me mostravam o caminho a seguir; parceria das companheiras e companheiros de prendado de todas as gestões; a conquista da minha melhor amiga Andreia da Rosa, que foi minha concorrente no concurso da região e hoje somos comadres; seu Jatir os dias maravilhosos em Los Angeles; lembrar da hospitalidade com que fui recebida em todos os lugares que visitei em meu prendado estadual... entre estes foram os momentos memoráveis.

Blog: Que palavras tu dirias àqueles que estranham o fato de muitas prendas residirem no Estado e, às vezes, se afastam do Movimento?

Patrícia: Hoje me vejo como uma tradicionalista que não milita mais, não sou mais ativa. Hoje apenas sinto no meu coração o amor pelas nossas tradições pelo Rio Grande. E sempre que posso defendo nossos ideais!

Um comentário:

  1. A Pati.... que saudade.... nossa Rainha!!!!! Ela foi e sempre será uma das grandes prendas que este Rio Grande teve... e um dos presentes que o tradicionalismo me deu....
    Sempre lindo este blog... beijoooo queridas
    Jana Schorr

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