A Arte da Declamação

A declamação, exerce hoje no movimento organizado o papel de maior importância depois da dança, tendo em vista que é a maior modalidade individual que temos em nossos concursos. Quando do início dos concursos pelo MOBRAL (mostra cultural controlada pelo regime politico da época), a declamação sofreu uma imposição de manifestar-se em suas metáforas, "robotizando a manifestação oral". Ora a poesia, sempre em qualquer tempo, foi o divisor de imposição social entre uma época e outra. Todas as mudanças de regime passam pelas escolas literárias. Mas em nosso meio, moldamos nossa cultura com base nos princípios da Revolução Francesa, positivismo de Augusto Comte e Maçonaria. Após a abertura politica, tivemos a cibernética, que colocou principalmente os jovens em frente ao computador, tolhendo-o da leitura formal literária, não contribuindo para o exercício inovativo. Desde que iniciamos há 26 anos atrás no movimento, observamos todas as formas de manifestação nas metáforas do verso e sua essência, chegamos a uma conclusão que a grande dificuldade em passar o conhecimento é fazer o "neófito" entender a inflexionar as palavras dentro da mensagem metafórica do poeta (caracteriza-se falta de leitura). Outro detalhe é, que cada um não sabe impostar sua voz, valorizando seus recursos. "Nem sempre uma boa voz é a que melhor comunica". Todos os declamadores que preparamos voltado para estes íiens, chegaram lá. Logo muita coisa temos que abordar sobre o tema, ficamos a disposição, aceitando sugestões oportunas. Um abraço José Luiz R. dos Santos.