O Blog presta homenagem ao poeta Mário Quintana. Um ser de alma tão profunda, de versos de um significado sem igual e uma linguam subliminar. Foi com o livro A Rua dos Cataventos que Quintana iniciou sua carreira de poeta. Em 1966 ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976,ao completar setenta anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra. Assim, pedimos licença para transcrever alguns versos. Gracias ao Alegrete, ao Rio grande e a vida por nos dar mais uma estrela no ceu do Rio Grande.
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
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