quinta-feira, 8 de julho de 2010

Preocupação com as Lideranças do Futuro

É de conhecimento geral que a criação do MTG se deveu ao idealismo de um pequeno grupo de jovens visionários que, diante da falta de valores em que se encontrava a sociedade sul-rio-grandense, empreenderam uma caminha rumo à identidade do gaúcho, lançando os alicerces do Tradicionalismo Gaúcho. Mais, foi também a juventude tradicionalista que - através de um departamento criado e organizado para valorizar o jovem e que deu origem a muitos dos atuais dirigentes do Movimento - propôs a instituição do Troféu Farroupilha, nosso Entrevero Cultural de Peões, que se tornou um dos eventos de maior valor cultural na preservação dos usos e costumes do gaúcho.

No entanto, pelo que se vê do contexto em que nos encontramos, não se está dando a devida atenção às gerações futuras como conclamado por Lessa, de forma que se esvazia parte da fundamentação teórica do Tradicionalismo Gaúcho. Verifica-se que não basta oportunizar que o jovem tenha o direito de ser “prenda” ou “peão farroupilha”, temos, isto sim, que assegurar à juventude o direito de colaborar na gestão das entidades em conselhos, reuniões, congressos, seminários para que possamos exigir que dela emanem ações objetivas.

Disso também decorre uma consequência, se não se der a devida atenção às novas gerações de modo que traga o jovem mais diretamente a participar da tomada de decisões, estará o movimento tradicionalista não só deixando de lado um dos preceitos da tese de Lessa, como também, assinando a sua ata de extinção. Ou será que do contrário teremos líderes suficientemente experimentados para assumir a direção do Movimento no futuro próximo? (fragmento de texto escrito em janeiro de 2009, após o Congresso Tradicionalista de Canguçu)

Um comentário:

  1. A vida é feita de tempo. Ele se encarrega de mostrar os caminhos. Importante,também,aliás, muito importante, que nossos jovens compreendam o verdadeiro valor de seres gaúchos, de terem nascido sob as asas de um Movimento criado por jovens e pensem muito bem, antes de dar lugar a modismos. Vivenciar e valorizar a cultura, passa por uma valorização pessoal, de pensamentos, palavras e atos.

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